20 de janeiro de 2011


E foi assim, sem querer, sem prever nada. Apenas senti. Senti o correr quente e lento da lágrima pelo meu rosto. Ela descia, calmamente, e eu a sentia ali, comigo. Meu olhar mirava o nada, o horizonte vazio , ao longe. E tudo que eu enxergava eram pessoas, momentos, lembranças. Tantas, quantas, se foram, estão, virão. Pessoas que residem em meus pensamentos, em minha vida, e talvez nem saibam disso. E foi ali, entre o nada, entre a natureza, sentada, com os braços dobrados sobre os joelhos e olhando para o nada que eu me perdi. Entre as minhas lembranças, me perdi. E eu olhava para cada pessoa, para cada instante, tentando entender os motivos de tantas mudanças, de tantos sumiços e de tantos medos. E não encontrava resposta, não achava a resposta. Nunca a achei ainda. Mesmo que as teorias digam que o tempo muda tudo, ainda não encontrei a resposta. Pra falar a verdade, nem sei mesmo se quero encontrá-la.



A~

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